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lunes, 24 de febrero de 2014

Aos mestres com carinho


Afetados pela doença infantil do grevismo e motivados pelo oportuno calendário eleitoral, professores das universidades federais decidiram que farão uma nova greve, em março. A rebeldia dos professores tem origem em duas questões: salário e carreira.

Não há outro tema que os incomode. Em se tratando de educação superior, tudo parece estar perfeito, menos o salário e a carreira docente. O carreirismo é tamanho, que ao encerrar a última greve de quatro meses, uma série de líderes sindicais se calaram diante da oferta de novos cargos em órgãos internos de universidades.

É de conhecimento de todo o reino mineral que as universidades brasileiras estão entre as instituições mais antidemocráticas que existem. No entanto, quando o tema é democracia, o que se observa é uma obscura tendência da categoria em bradar contra a paridade nas instâncias de representação.

Discutir critérios de avaliação é praticamente um tabu entre os professores. Reforma universitária é uma expressão inexistente no vocabulário docente brasileiro.

Este sujíssimo blog tem por princípio apoiar greves e mobilizações sociais. Porém, diante de um estrondoso corporativismo observado entre os docentes e de uma rasa discussão acerca das necessidades da educação superior, este blog deseja aos mestres grevistas que vão todos tomar no cu.

2 comentarios:

  1. Sério: se o sindicato nacional [Andes] se preocupasse mesmo com salário e carreira dos trabalhadores, a central sindical q está por trás dele, a Conlutas, deveria se dedicar mais a categorias q não têm salários no mesmo patamar de funcionários federais. Categoria q ganha pouco e nem é federal parece não interessar a eles.

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